segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Matéria: Evitar o divórcio é possível

(Link original: http://delas.ig.com.br/comportamento/evitar+o+divorcio+e+possivel/n1237507020283.html)

Evitar o divórcio é possível

Os casamentos duram cada vez mais menos, mas para os especialistas é sempre possível salvar a vida a dois
Vladimir Maluf, especial para o iG Delas 20/11/2009

Segundo dados do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), em 2009 a taxa de divórcios no Brasil se mostra cinco vezes maior do que em 1980. A instituição aponta a TV como um dos responsáveis por este crescimento espantoso, citando que os casais em telenovelas, quando passam por uma crise, optam pelo divórcio como solução. Mas será que se divorciar é mais fácil que salvar o casamento?

O autor do livro “Castelo de cartas” (Editora Mundo Cristão) defende a possibilidade de salvar um casamento, mesmo em situações extremas – até mesmo quando incluem violência doméstica. Gary Chapman, que é terapeuta e conselheiro matrimonial, identifica em seu livro as 10 questões que levam os casamentos ao fim: irresponsabilidade; excesso de trabalho; parceiros controladores; falta de comunicação; abuso verbal, físico e sexual; infidelidade; alcoolismo e drogas; depressão.

Promessa de felicidade
O psicanalista Ernesto Duvidovich, do Centro de Estudos Psicanalíticos, que oferece atendimento a preços populares a quem não pode pagar, afirma que são muitos os motivos que levam os relacionamentos ao fim. Mas vê um principal: a promessa de felicidade. “Fazemos um contrato sem saber que um deve ao outro a felicidade. Você tem o encargo de fazer o outro feliz e vice-versa. Isso tende a frustrar as pessoas”.

Além do número de divórcios ter aumentado, Ernesto acredita que eles vão continuar a crescer. “Está ruim e vai piorar, pois o momento que a sociedade vive incentiva cada vez mais a individualidade e a cultura do narcisismo. As pessoas têm dificuldade de fazer renúncias. Negociam muito pouco. ‘Ou é do meu jeito ou é nada’”, exemplifica.

Não espere tudo do outro
A independência da mulher também gerou conflitos, com a capacidade dela viver com mais autonomia, diz Ernesto. E isso mudou o modelo de casamento. “Para conseguir manter um casamento é preciso respeitar o outro. Admitir a autonomia. É preciso que cada um tenha seus próprios projetos, aceitar diferenças, fazer renúncias e negociar. E, fundamentalmente, não esperar tudo do outro”, diz ele.

A psicanalista Elizandra Souza diz que, com a mudança do pensamento e do comportamento feminino, o homem se sentiu perdido, pois não estava acostumado e nem esperava tanta mudança. E ela concorda que a forma de se relacionar está individualizada. “As pessoas se preocupam muito mais com si mesmas e com suas realizações do que com a construção de uma relação amorosa e familiar”.

Para ela, muitas vezes, os relacionamentos são constituídos para satisfazer uma necessidade individual, não com o intuito de construir algo. “Depois de esgotada a necessidade, o relacionamento acaba”, completa.

Mas dá para evitar o divórcio repensando seu comportamento. “Quando os dois realmente querem ter uma relação madura, precisam ter consciência de que terão que abrir mão de algumas necessidades individuais em favor do casal”, diz ela.

Mas não pense que não haverá problemas. Os conflitos sempre vão rodear os casamentos, lembra Ernesto. “A falta de dinheiro atrapalha, pois gera outros problemas. A chegada dos filhos, pois a mulher desvia o olhar do marido... É assim que funciona”. Mas se a relação chegar ao fim, é momento de refletir, aconselha Elizandra.

“Comumente, apontamos os erros dos ex-companheiros na tentativa de nos desculparmos dos nossos. As responsabilidades são de ambos. Ao reconhecer os erros, temos a oportunidade de analisar nossos limites, nossas vontades, nossos medos, nossos impulsos. E daí partir para outro relacionamento com mais clareza”, encerra a psicanalista.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Assumir postura passiva na hora da conquista pode tornar as pessoas mais rigorosas com possível parceiro

(Artigo publicado em 05/11/2009 no site da revista Mente e Cérebro. Link original: http://www2.uol.com.br/vivermente/noticias/homens_sao_exigentes_na_escolha_amorosa.html)

Homens exigentes na escolha amorosa
Assumir postura passiva na hora da conquista pode tornar as pessoas mais rigorosas com possível parceiro

Em numerosos estudos sobre encontros “às escuras” – marcados pela internet ou intermediados por agências de namoros ­– as mulheres em geral se mostraram mais seletivas do que os homens ao considerar as características de alguém para um segundo encontro. Elas precisam devem ser exigentes porque, de acordo com a tão repetida teoria evolucionária, investem mais em um parceiro que tenha predicados suficientes para ajudá-las a manter a prole. Mas quando os pesquisadores fizeram um estudo curioso. Convidaram pessoas de ambos os sexos, interessados em encontrar companheiros para um encontro. Eles permaneciam em mesas alinhadas e as moças sentavam-se a sua frente para uma conversa rápida. Após alguns poucos minutos de conversa, sob o comando de um dos coordenadores do experimento, elas se levantavam e passavam à mesa seguinte, onde conheciam outro possível pretendente. Em geral, nesse tipo de encontro, comum nos Estados Unidos, há uma inversão: são as mulheres que permanecem paradas, enquanto os homens a mudam de lugar. Os pesquisadores notaram que, quando são eles que ficam sentados (numa posição mais passiva e precisam lidar com a aproximação feminina, como se fossem elas que tomassem a iniciativa) eles se tornam mais seletivos. Segundo os pesquisadores, é possível dizer que ao serem “assediados”, representantes dos dois sexos se mostram igualmente exigentes, o que sugere que normas sociais e pistas físicas podem ter um papel subestimado na escolha dos parceiros. Talvez esse seja um dos fatores que contribuem para que para muitos homens tenham tantas dificuldades para aceitar a tomada de iniciativa por parte das mulheres na hora da conquista: ser “escolhido” oferece mais opções de dizer “não”.

domingo, 1 de novembro de 2009

Novos parceiros

Um objetivo há algum tempo perseguido finalmente foi alcançado: agora o Curso acontecerá em um único dia, aos sábados. Essa conquista foi possível graças a novas parcerias em Mogi das Cruzes e São Paulo.

Em Mogi, agora o Curso será ministrado na EDL Assessoria, que conta com excelentes instalações e está localizado bem próximo à Estação Mogi das Cruzes da CPTM, o que vai facilitar bastante para quem vem de outras cidades.

E em São Paulo o Curso acontecerá na Nasce & Tece Reengenharia Educacional, também um excelente espaço e com localização nobre: a poucos metros da Estação Trianon-Masp do Metrô.

Acompanhe o Blog para se informar das datas dos próximos Cursos. E que estas novas parcerias rendam muitos bons frutos para todos nós!

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

O que é autoestima?

Se separarmos a palavra autoestima nas duas palavras que a formam, encontraremos auto, que quer dizer “si mesmo”, e estima, que quer dizer “valor, avaliação, apreciação, apreço e afeição”. Portanto, podemos concluir que autoestima significa o valor, a avaliação, o apreço e a afeição por si mesmo.

Ao contrário do que muita gente pensa, ter uma elevada autoestima não tem nada a ver com se achar “o máximo”, perfeito e sem nenhum defeito. Quem tem uma elevada autoestima sabe que tem defeitos e qualidades, como todos os outros seres humanos. E para termos consciência de nossas qualidades e defeitos, precisamos primeiro nos conhecer. E como é que nós conhecemos a nós mesmos? Através da observação.

Vamos imaginar uma pessoa que se ache “inútil”, que “não faz nada direito”. Podemos propor a ela que se observe por alguns dias, para ver se isso é verdade mesmo. Então talvez ela perceba algumas coisas: se essa pessoa for, por exemplo, a mãe de uma criança pequena, ela pode “descobrir” que leva seu filho em todas as suas atividades (escola, cursos, passeios...), sem faltas ou atrasos. Pode “descobrir” também que, apesar da correria do dia-a-dia, consegue administrar muito bem sua casa e seu dinheiro, e que está sempre atenta às necessidades de sua família. Então ela também “descobrirá” que esta história de se achar “inútil” não passava de uma ideia sem nenhum fundamento lógico sobre si mesma...

Existem muitas pessoas ao nosso redor, talvez você mesmo(a) que esteja lendo este texto, que têm ideias falsas sobre si (“Não sou inteligente”, “Não sou capaz”, “Sou feio(a)”, “Ninguém gosta de mim”, etc.). Porém, se estas pessoas se derem a oportunidade de se observarem e se conhecerem, é bem provável que constatem que estas ideias eram apenas ideias sobre si, e não fatos. A chave da conquista de uma elevada autoestima está, portanto, na nossa capacidade de distinguir o que são ideias e o que são fatos a nosso respeito.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

O maior erro da comunicação

"Ninguém me entende”; “por que Fulano não me ouve?”; “parece que eu falo para as paredes!”... Quantas vezes ouvimos certas pessoas, em especial casais de longa data, fazerem estas reclamações sobre o cônjuge ou aqueles que as cercam? Elas nos fazem até concluir que são injustiçadas, exploradas, ignoradas pelos outros, sempre tão egoístas e insensíveis...

O que muitas dessas pessoas não sabem é que existe uma espécie de “regrinha básica” que é a base para uma comunicação eficaz entre duas pessoas. É uma regra simples, mas espantosamente ignorada: procure sempre se colocar no lugar da pessoa com quem você fala e assim você poderá obter mais dela.

Ninguém irá fazer o que você deseja, passar a pensar do seu jeito, comprar o seu produto ou serviço apenas porque você quer: para conseguir convencer alguém a qualquer uma dessas coisas, é indispensável que você mostre a essa pessoa o que ela vai ganhar com isso. Por exemplo: há pais que “imploram” para os filhos não fazerem bagunça com os brinquedos porque “eu não gosto de bagunça”. Ora, e daí que você não gosta de bagunça? E se seu filho gostar, como fica? Uma alternativa que pode dar melhores resultados é você lhe dizer que quando ele guarda os brinquedos ele não corre o risco de tropeçar neles e acabar quebrando-os – ou seja, mostrar a ele que ele vai ganhar alguma coisa com isso; os brinquedos dele não vão quebrar por esse motivo e assim eles podem durar mais.

Portanto, da próxima vez em que você estiver tentando convencer alguém a fazer algo que você acha ser o mais adequado, coloque-se por um momento no lugar dessa pessoa e pense: “Por que seria bom para ela fazer/pensar/comprar isso?”. Então, comece a falar com essa pessoa tendo ela como o foco da conversa, e não você. A grande maioria das pessoas, observe, se coloca como o centro das conversas que têm com os outros – “Ah, porque eu isso...”; “Eu acho errado você fazer isso porque...”; “Faça isso por mim”; “Você não pensa no meu lado?”, etc. – e, portanto, quem faz o inverso e se ocupa mais em ouvir e entender o seu interlocutor costuma conseguir muito mais resultados dele.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Qual é o seu estilo de amor?

Muito cedo em nossa vida amorosa nos damos conta de que as pessoas não amam do mesmo jeito. Há aqueles que manifestam seus sentimentos de maneira exuberante e explosiva; outros são mais ponderados e só começam um relacionamento depois de conhecer razoavelmente a pessoa; outros dão muito valor à atração física e ao interesse sexual e assim por diante.

Muitos pesquisadores debruçaram-se sobre o tema e na década de 1970 um deles, o antropólogo canadense John Alan Lee, elaborou uma teoria que foi amplamente divulgada e desenvolvida posteriormente por outros estudiosos do assunto. Lee fez uma analogia com os mecanismos da visão de cores no ser humano: nossos olhos possuem receptores para apenas três cores – amarelo, vermelho e azul –, porém somos capazes de perceber 8 milhões de variações de cores, graças às combinações entre as diferentes intensidades das estimulações dos três receptores presentes em nossos olhos. Da mesma forma, Lee postula que temos três estilos primários de amor - Eros, Ludos e Estorge –, e as combinações destes três estilos em diferentes intensidades gera uma grande variedade de estilos de amor. Além dos três estilos primários, há mais três estilos secundários que têm sido amplamente estudados: Mania (combinação de Eros e Ludos), Pragma (combinação de Ludos e Estorge) e Ágape (combinação de Eros e Estorge).

A seguir coloco uma breve descrição de cada um destes estilos de amor. Leia-os atentamente e veja com qual ou quais deles você mais se identifica:

Eros – dá grande importância à atração física e ao interesse sexual, e costuma apaixonar-se “à primeira vista”. É o estilo de amor mais frequente nos livros e novelas. É seguro e não muito possessivo.

Estorge – este estilo de amor costuma nascer de uma amizade e demora algum tempo para se desenvolver. Baseia-se em interesses compartilhados e nas semelhanças entre as partes envolvidas. A esfera sexual não é tão enfatizada quanto em Eros e não há a presença de uma grande paixão. O típico amor estórgico é aquele onde os dois parceiros eram amigos antes de se envolverem amorosamente.

Ludos – aqui o amor é encarado como um jogo que pode acontecer simultaneamente com diferentes parceiros, havendo ênfase na idéia de sedução e liberdade sexual. Os relacionamentos do estilo Ludos costumam ser intensos, porém de curta duração.

Mania – amor experimentado de maneira obsessiva, muito intensa, com muito ciúme e possessividade. A pessoa que tem este estilo predominante de amar experimenta uma montanha-russa de emoções oscilantes: uma hora o parceiro é tudo para ela e expressa todo este amor; em outra dirige toda a sua frustração e raiva para ela, em geral porque julgou não ter recebido a atenção que esperava do parceiro.

Pragma – amor realista e pragmático, onde há um exame muito criterioso das características dos parceiros em potencial. No estilo Pragma o atendimento das expectativas amorosas é muito importante porque dá mais segurança e uma maior certeza de sucesso no relacionamento. Estudos mostram que este estilo é mais frequente entre as mulheres.

Ágape – estilo de amor caracterizado pela ausência de egoísmo. O foco maior é na felicidade e no atendimento das necessidades do parceiro, sendo que se necessário a pessoa abre mão de seus próprios objetivos. Quem tem este estilo de amor predominante precisa tomar cuidado para não se anular no relacionamento.

Normalmente uma pessoa se identifica com dois ou mais destes estilos de amor, sendo pouco comum a ocorrência “pura” de apenas um estilo. A utilidade desta teoria de Lee está na oportunidade proporcionada por ela de refletirmos sobre o que realmente é mais importante para nós em um relacionamento. É a atração física? O companheirismo? Uma certa dose de “friozinho na barriga”? A segurança? O sentimento de ser importante para alguém?

Os estilos de amor também nos ajudam a entender melhor as diferentes formas de amar das pessoas que nos cercam e a estarmos atentos a estas características na hora de escolhermos alguém para nos relacionar. Alguns estilos combinam bem entre si, como o Estorge e o Pragma, mas outras combinações podem ser desastrosas, como Ludos e Mania. Observar atentamente o nosso estilo de amor e o dos outros, portanto, pode nos garantir relacionamentos amorosos mais gratificantes.

(Bibliografia consultada: AMÉLIO, A. (2001). O Mapa do Amor: tudo o que você queria saber sobre o amor e ninguém sabia responder. São Paulo: Editora Gente)

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

O Princípio da Equidade ou Ninguém Gosta de Sair Perdendo

Muitos de nós conhecemos alguém que é cheio(a) de exigências para com as pessoas e bem pouco tolerante com os defeitos delas: “Fulano tem que ter tal e tal característica, tem que ser assim, assim e assado, se não for assim eu não quero nem saber”, etc. Muitas destas pessoas às vezes têm uma característica marcante: pensam que é o outro ou a outra que lhe vão proporcionar a tão esperada felicidade; quando isso não acontece, o culpado invariavelmente é este outro que fica com a “obrigação” de superar seus defeitos para enfim poder fazer esta pessoa feliz.

E a pessoa em questão? Bem, para ela mesma não costuma ser necessário que mude nada em si, pois tem razão em tudo – é o outro ou a outra que tem que acompanhá-la. Não é preciso ser um especialista em relacionamentos amorosos para saber que um dos destinos mais frequentes para estes “donos da verdade” é a solidão.

Para tais pessoas, apresento-lhes um conceito importante para os estudiosos em relacionamentos: o Princípio da Equidade. Equidade tem um significado um pouco diferente de Igualdade: enquanto nesta as pessoas têm o mesmo ponto de partida (Ex: todas estudam na mesma escola, têm acesso a iguais condições de assistência médica, etc.), na equidade as pessoas têm o mesmo ponto de chegada, atingindo resultados semelhantes e conseguindo os mesmos recursos.

Vamos imaginar o universo de homens e mulheres que estão procurando um relacionamento amoroso como um grande “mercado”, onde todas estas pessoas estão em “oferta”. De acordo com o Princípio da Equidade, todos estes homens e mulheres têm um “valor” no mercado dos relacionamentos, estimado de acordo com suas características, habilidades e caráter. Inconscientemente atribuímos a nós mesmos e às outras pessoas um “valor”, e tendemos a nos sentir atraídos por pessoas com um “valor” equivalente ao que atribuímos a nós mesmos.

E uma das consequências do Princípio da Equidade é que, se quisermos atrair para nossa vida um homem ou uma mulher com características bem definidas (bonito(a), inteligente, gentil, sociável, etc.), é necessário que primeiro desenvolvamos em nós mesmos tais características ou outras que façam o outro lado sentir que “valeu a pena” investir tanto na sua evolução pessoal, pois agora tem uma pessoa igualmente evoluída ao seu lado!

Portanto, deixo uma pergunta para reflexão para os “exigentes”: o que você tem a oferecer a quem satisfizer todos os seus pré-requisitos? E uma outra para aqueles que vivem reclamando dos parceiros e das parceiras: o que você pode melhorar em si primeiro para merecer uma evolução dele(a) na mesma medida?